terça-feira, 14 de setembro de 2010

Nova tecnologia identificará suspeitos de exploração sexual infantil na web


O termo "cibervigilância" é comumente associado a um negativo controle das vidas pessoais dos indivíduos, ocorrendo invasão da privacidade deles. Entretanto, a cibervigilância pode ser usada para nobres fins, como o combate ao crime de pedofilia.

A Polícia Federal (PF) tem utilizado tecnologias para combater a exploração infantil na internet e a mais nova ferramenta é o software "NuDetective". Desenvolvido por dois peritos do Mato Grosso do Sul, ele promete identificar a presença de material com conteúdo sexual envolvendo crianças e pré-adolescentes em computadores suspeitos. O software será apresentado durante a VII Conferência Internacional de Perícias em Crimes Cibernéticos (ICCyber 2010), que será realizada em Brasília entre os dias 15 e 17 de setembro. O evento tem como objetivo discutir novas técnicas e ferramentas que auxiliem no combate aos chamados crimes cibernéticos.

Segundo a nota divulgada no portal Terra no último sábado, "o 'NuDetective' funciona por meio do reconhecimento automatizado de assinaturas de arquivos digitais. O software faz uma triagem na memória da máquina periciada em busca de conteúdos que indiquem a presença deste tipo de material pornográfico. Em breve, uma nova versão vai reconhecer os padrões de imagens, tornando a varredura nos sistemas suspeitos ainda mais confiável e precisa". O perito criminal Marcos Vinicius conta que o "NuDedective" permitiu mais rapidez na detecção desse tipo de conteúdo, o que trouxe ganhos na hora de prender o suspeito em flagrante.

De acordo com a lei, é crime apresentar, produzir, vender, fornecer, divulgar ou publicar, por qualquer meio de comunicação, inclusive rede mundial de computadores ou internet, fotografias, imagens com pornografia ou cenas de sexo explícito envolvendo crianças e pré-adolescentes. Com a mudança no artigo 241 do Estatuto da Criança e do Adolescente, a posse de fotografias ou vídeos - mesmo que o material não seja compartilhado - passou a ser crime, passível das mesmas punições aplicadas a quem repassa esse tipo de conteúdo.

Fonte: http://tecnologia.terra.com.br/noticias/0,,OI4672063-EI12884,00-PF+exporta+tecnologia+contra+exploracao+sexual+infantil+na+web.html

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