quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Segurança e direito na rede: o xis da questão


As redes sociais virtuais fazem parte do dia-a-dia de considerável parcela dos usuários da internet. É quase impossível não partilhar ou discutir com grupos de pessoas, que podem ser conhecidas ou não, ideias em torno de um assunto, modos de se fazer algo, fotos da viagem feita no último fim de semana, pensamentos e frases de um intelectual... As preocupações a cerca da segurança e do direito de divulgação e manipulação de informações dos usuários nas redes tem sido assunto dos mais diversos debates, porém ainda não se chegou a um denominador comum da relação segurança x privacidade.

De acordo com matéria divulgada pela Revista Eletrônica de Jornalismo Científico (www.comciencia.com.br) duas alternativas podem ser consideradas:a primeira, segundo o advogado e professor da Faculdade de Direito do Centro Universitário Fluminense (Uniflu) de Campos dos Goytacazes (RJ), Danilo César Meganhoto Doneda, seria a criação de um marco zero regulatório, a Lei Azeredo, a qual é voltada mais à segurança de navegação na internet e não à proteção de dados do usuário em si. “A lei trata de alguns aspectos específicos da web, como, por exemplo, a retenção de dados de conexão, e visa, principalmente, o rastreamento para investigação de crimes praticados nesse meio”.

A segunda iniciativa seria um projeto de lei sobre a proteção dos dados que estabelecesse regras e princípios para o tratamento de dados pessoais em qualquer situação. “É uma lei que pretende dar garantias ao cidadão em relação a seus dados em qualquer circunstância, em qualquer ocasião que eles sejam tratados”, explica Doneda. O projeto de lei para proteção dos dados dos usuários está pronto e deve ir para consulta pública antes de ser encaminhado ao Congresso Nacional.

Se a privacidade do usuário é importante, sua segurança também é, conclui a reportagem. Explicita-se, portanto, a necessidade de se formular regras que atendam aos dois princípios de forma satisfatória. Fica ainda o questionamento sobre o fato de a lei de proteção de dados no Brasil só ter ganhado força recentemente quando países que não possuem semelhante representação mundial, a serem Argentina e Uruguai, nossos vizinhos e parceiros econômicos, já possuem regras bastante fortes nesse sentido.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Google demite funcionário por violação de privacidade


Até que ponto os dados, colocados na internet, estão protegidos? Será que é realmente seguro confiar informações pessoais em páginas de relacionamentos, mídias ou redes sociais? Quem são os verdadeiros responsáveis por garantir essa “privacidade”?
Na última terça-feira, 14, a Google anunciou que demitiu um funcionário, em julho, por ter violado normas internas de privacidade. David Barksdale era responsável por avaliar o desempenho dos serviços da empresa e, usando de sua posição, teve acesso à pelo menos quatro contas do Gmail e Google Voice, de menores de idade. A Google se pronunciou da seguinte maneira:

“Nós demitimos David Barksdale por quebrar as rigorosas políticas internas de privacidade do Google. Temos o controle do número de funcionários que têm acesso aos nossos sistemas e, regularmente, atualizamos os controles de segurança. Por exemplo, nós estamos aumentando, significativamente, a quantidade de tempo que passamos auditando os nossos loggings para ter certeza de que o nosso controle está sendo eficaz. Com isso, um limitado número de pessoas precisa acessar esses sistemas, se operarmos eles corretamente. Por isso, tomamos qualquer tipo de violação muito a sério”, disse Bill Coughran, vice-presidente sênior de engenharia.

Fonte: http://g1.globo.com/tecnologia/

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Nova tecnologia identificará suspeitos de exploração sexual infantil na web


O termo "cibervigilância" é comumente associado a um negativo controle das vidas pessoais dos indivíduos, ocorrendo invasão da privacidade deles. Entretanto, a cibervigilância pode ser usada para nobres fins, como o combate ao crime de pedofilia.

A Polícia Federal (PF) tem utilizado tecnologias para combater a exploração infantil na internet e a mais nova ferramenta é o software "NuDetective". Desenvolvido por dois peritos do Mato Grosso do Sul, ele promete identificar a presença de material com conteúdo sexual envolvendo crianças e pré-adolescentes em computadores suspeitos. O software será apresentado durante a VII Conferência Internacional de Perícias em Crimes Cibernéticos (ICCyber 2010), que será realizada em Brasília entre os dias 15 e 17 de setembro. O evento tem como objetivo discutir novas técnicas e ferramentas que auxiliem no combate aos chamados crimes cibernéticos.

Segundo a nota divulgada no portal Terra no último sábado, "o 'NuDetective' funciona por meio do reconhecimento automatizado de assinaturas de arquivos digitais. O software faz uma triagem na memória da máquina periciada em busca de conteúdos que indiquem a presença deste tipo de material pornográfico. Em breve, uma nova versão vai reconhecer os padrões de imagens, tornando a varredura nos sistemas suspeitos ainda mais confiável e precisa". O perito criminal Marcos Vinicius conta que o "NuDedective" permitiu mais rapidez na detecção desse tipo de conteúdo, o que trouxe ganhos na hora de prender o suspeito em flagrante.

De acordo com a lei, é crime apresentar, produzir, vender, fornecer, divulgar ou publicar, por qualquer meio de comunicação, inclusive rede mundial de computadores ou internet, fotografias, imagens com pornografia ou cenas de sexo explícito envolvendo crianças e pré-adolescentes. Com a mudança no artigo 241 do Estatuto da Criança e do Adolescente, a posse de fotografias ou vídeos - mesmo que o material não seja compartilhado - passou a ser crime, passível das mesmas punições aplicadas a quem repassa esse tipo de conteúdo.

Fonte: http://tecnologia.terra.com.br/noticias/0,,OI4672063-EI12884,00-PF+exporta+tecnologia+contra+exploracao+sexual+infantil+na+web.html

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Índia quer acesso a conteúdos do Google e Skype

Não satisfeita com o controle completo dos dados de e-mails e acesso à Internet dos BlackBerrys, o governo indiano afirmou que irá pedir a Google e ao Skype que configurem seus servidores de uma forma que permita o acesso aos conteúdos vinculados, como podemos observar neste trecho da notícia divulgada no portal r7, semana passada.

“A Índia irá solicitar ao Google e ao Skype que configurem seus servidores no país permitindo acesso aos dados de internet, afirmou nesta quarta-feira (1º) um representante de um ministério do país.



Repercutindo receios levantados por diversos outros países, a Índia já disse que deseja ter meios para rastrear e ler por completo os dados de e-mail e acesso à internet do BlackBerry, que o governo teme que possam ser usados por terroristas ...”


Com isso, o governo indiano deixa clara a sua intenção de cibervigiar o conteúdo disseminado pela Internet em seu país, sob o pretexto de prevenir ataques terroristas. Entretanto, até onde vai o limite entre segurança nacional e invasão de privacidade?


 
Fonte: http://noticias.r7.com/tecnologia-e-ciencia/